sexta-feira, 23 de setembro de 2011

O próximo chat ocorrerá no dia 03/10. Participe!

O próximo chat ocorrerá no dia 03/10, das 16h às 17h, em nosso site. O tema é do livro da Dr Rachel Aisengart Menezes, da editora Fiocruz.

O livro aborda o novo ideário, conhecido como paliativista, que coloca em questão a morte fria e desprotegida no hospital  - desse modo, o que se procura aqui é refletir acerca de um processo de mudança cultural, de contornos ainda pouco precisos, mas que, inegavelmente, procura humanizar o momento da morte, encarando a relação médico-paciente sob um outro ponto de vista . Trata-se de uma obra que traz à tona questões sobre a Ética no mundo contemporâneo, que banaliza a morte ou simplesmente não fala dela. Desse modo, o novo ideário constitui-se como uma resposta possível, mesmo que ainda ligada, à onisciência e onipresença da Medicina, quando o discurso médico já não possui respostas, conscientizando-se das suas limitações.


Sua participação é gratuita e você deve acessar o nosso site (www.atualizeja.com.br) no dia e horário combinados. É necessário possuir cadastro em nosso site. Caso ainda não tenha um faça agora clicando aqui.

Sortearemos 1 livro entre com participantes no fim do encontro.

Contamos com sua presença!




Escreva ou ligue em caso de dúvidas.
contato@atualizeja.com.br
(21) 2178-2412

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Cursos de enfermagem de má qualidade ameaçam vida de pacientes

O fantástico exibiu reportagem especial sobre a má qualidade dos cursos de enfermagem no Brasil. O que você, profissional da saúde, em especial enfermeiros, técnicos e auxiliares, tem a dizer a respeito do que foi mencionado? Qual o ponto de vista de vocês? Comente aqui no Blog e em nosso perfil no Facebook.

Caso não tenha tido a oportunidade de assistir ao vídeo, clique abaixo para a exibição. Você também pode ler a reportagem em seguida.

De 2009 para 2010, o número de denúncias contra profissionais de enfermagem praticamente dobrou.


Em seguida reportagem fiel retirada do site do Fantástico.

Em uma situação alarmante, pacientes recebem medicações trocadas, crianças sofrem lesões graves, e mortes causadas por erros banais estão cada vez mais comuns. 

No Rio de Janeiro, fiscais do Conselho Regional de Enfermagem (Coren) entram no Hospital Geral de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. A superlotação é evidente. Regras básicas da enfermagem são quebradas a todo instante. Uma profissional faz um procedimento em uma paciente sem usar luvas. “Eu não lembrei, na verdade. Mas não é sempre”, defende-se ela. Perguntada sobre a existência de material suficiente para trabalhar, a funcionária garante que tem.

“Você via ali um tecido roxo, que é sinal de infecção. Aquele procedimento, ao menor sinal de vermelhidão local, tem que ser trocado”, explica Ana Teresa Ferreira de Souza, chefe da fiscalização do Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro (Coren-RJ). 

Momentos depois, a auxiliar continua sem luvas. Ela garante que é só para botar o soro. “Observamos que ela não fez a higienização das mãos e atendeu vários pacientes ao mesmo tempo. Ela pode estar transmitindo bactérias de um paciente para o outro”, alerta a fiscal do Coren-RJ Wendy Koehler. E o pior de tudo: “Nada tem rótulo, eu não sei o que está sendo infundido”, acrescenta ela. 

“A grande maioria dos pacientes estava com soro sem rótulo, sem identificação de nome e medicação”, denuncia Ana Teresa. É uma prática extremamente arriscada. “Você não tem identificação do nome do paciente, do horário daquele medicamento nem do próprio medicamento e dosagem. Com isso, você pode ter a troca”, diz a chefe da fiscalização do Coren-RJ. 

As fiscais cobram explicações da enfermeira responsável pelo pronto-socorro. “Você pode fazer uma identificação menor, mas essa identificação tem que ter”, afirma a chefe de enfermagem. “Tenho que ver com a equipe por que isso não está sendo feito”, acrescenta ela. 

Ana Teresa Ferreira de Souza especula sobre o motivo de alguns profissionais de enfermagem não seguirem os procedimentos corretos: “O hábito de estar fazendo aquilo, achar que o erro nunca vai acontecer com ele, que a fatalidade nunca vai chegar àquele profissional”. Só no Estado do Rio, o número de denúncias contra profissionais de enfermagem praticamente dobrou de 2009 para 2010. 

Se dependesse apenas dos números, o brasileiro tinha tudo para estar em ótimas mãos. Existem hoje no país 1,5 milhão de enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem. A cada ano, surgem pelo menos cem mil novos profissionais. Felizmente, a maioria cuida bem dos pacientes. Mas nunca houve tantos erros cometidos pela categoria. 

“Nós temos observado, principalmente nos últimos cinco anos, um aumento muito grande das denúncias, um incremento da ordem de 20% a 25% ao ano. Erros simples que poderiam ser perfeitamente evitados se esse atendimento tivesse sido realizado com maior atenção”, aponta Manoel Carlos Neri, presidente do Conselho Federal de Enfermagem. 

A equipe do Fantástico foi até o interior do Ceará, na zona rural do município de Missão Velha, que fica a 600 quilômetros de Fortaleza, para conversar com a família de dona Maria Laurentino. Ela tinha 78 anos e passou mal em julho de 2011. Estava com cansaço e dificuldade para respirar. Foi levada para o hospital da cidade e acabou sendo vítima de um erro de uma auxiliar de enfermagem. 

“Entrei com ela no hospital, vi a enfermeira aplicando soro no braço dela”, conta José de Souza, filho de dona Maria. 

“Começou a aparecer umas espumas na lateral da boca”, continua Rosa Laurentino, nora de dona Maria. 

De madrugada, dona Maria foi transferida às pressas para outro hospital, no município vizinho de Barbalha. “O médico que atendeu ela foi quem falou que ela tinha vindo de lá com uma medicação imprópria”, acrescenta Silvana de Souza, neta de dona Maria. 

Às 7h, dona Maria Laurentino morreu. “Ela cansava de ir na roça, colher feijão. Catava feijão. Minha mãe morreu”, lamenta, emocionado, o filho. 

No laudo do IML, a causa da morte: embolia pulmonar por infusão de glicerina. No lugar do soro, a auxiliar de enfermagem do hospital de Missão Velha injetou em dona Maria uma substância oleosa usada para lavagem intestinal. No sangue, a glicerina causa um entupimento de vasos e artérias e rapidamente atinge o pulmão e o coração. O caso foi parar na polícia. 

O frasco de soro é bem diferente do frasco de glicerina. Ela pegou o liquido e reparou que não havia o gancho para pendurar no suporte. Ela estranhou isso. Então pegou o frasco e fez um suporte com esparadrapo. “Em nenhum momento ela leu a etiqueta que estava posta no frasco. Tinha lá: glicerina a 12%”, diz o delegado Marcos Antônio dos Santos. 

A auxiliar de enfermagem foi afastada do hospital e indiciada por homicídio culposo. Ela não quis conversar com a reportagem. Procuramos o médico que prescreveu o soro para dona Maria. Ele é o diretor clínico do hospital de Missão Velha, um lugar onde medicamentos controlados dividem espaço com grilos. 

Fantástico: Por que deram a medicação errada para ela? 
Luciano Santana, diretor clínico do hospital de Missão Velha: Essa pergunta eu não posso responder porque não fiz a medicação. Aliás, eu não administro medicação. 

Fantástico: O senhor não viu o frasco que ela pegou? 
Luciano Santana: Não vi. Ela foi pegar lá dentro. O médico prescreve e entrega para o auxiliar e o enfermeiro que esteja por lá para ver. 

De acordo com a lei, auxiliares e técnicos só podem trabalhar com a supervisão de um enfermeiro. Mas não foi isso que aconteceu naquela madrugada. 

Fantástico: Por que não tinha uma enfermeira? 
Luciano Santana: Não sei te dizer. 

Fantástico: O senhor é diretor clinico do hospital. 
Luciano Santana: Bem, mas o que aconteceu foi o seguinte: até 22h, tinha um enfermeiro. 

Fantástico: De 22h às 5h não tinha. 
Luciano Santana: Aí eu não sei. Eu não sei lhe falar onde estava no momento. 

Histórias como essa não acontecem apenas em cidadezinhas do sertão. Só em 2010, o Conselho Regional de Enfermagem em São Paulo recebeu 250 denúncias de erros causados por profissionais da área. Vinte deles resultaram em morte ou lesão permanente para os pacientes. 

Em dezembro de 2010, uma auxiliar de enfermagem injetou vaselina em vez de soro no corpo de Stephanie Teixeira, de 12 anos. A menina, que tinha apenas uma virose, em poucas horas morreu. Semanas depois, também em São Paulo, outra auxiliar de enfermagem decepou a ponta do dedo da pequena Tiffani Bahia, de 1 ano, ao tentar arrancar um curativo com uma tesoura. 

Certos profissionais não estão cumprindo nem o básico da profissão. “Me parece que esse é um problema que tem diversos fatores. Um dos fatores mais importantes que eu coloco é a baixa qualidade do ensino”, opina Manoel Carlos Neri, presidente do Conselho Federal de Enfermagem.

Em um hospital particular de São Paulo, sobram vagas para profissionais de enfermagem. 

“Hoje eu estou com mais ou menos 20 vagas, de auxiliar técnico a enfermeiro. Não consigo preencher”, diz a gerente de enfermagem Hamdi Hassan. 

Com 30 anos de experiência, Floracy Gomes Ribeiro, diretora de enfermagem do Hospital das Clínicas de São Paulo, supervisiona mais de dois mil funcionários. “O que nós temos observado nos últimos concursos é que nós temos tido uma reprovação de 50%”, avisa a diretora de enfermagem. 

“A impressão que a gente tem que é que não tem fiscalização dos órgãos de ensino, porque está muito deficiente. Eles estão chegando muito mal preparados”, critica Hamdi Hassan. 

Nunca foi tão fácil estudar enfermagem no Brasil. O curso para técnico, que exige apenas o Ensino Médio, e dura cerca de dois anos, é, disparado, o mais procurado do país. São mais de 1,7 mil escolas cadastradas. 

“Precisaria que os mantenedores desses cursos encarassem a coisa com maior seriedade e não apenas querendo se beneficiar de uma explosão no mercado e ganhar dinheiro, para falar o português claro”, diz João Cardoso Palma Filho, secretário adjunto da Educação de São Paulo. 

A equipe do Fantástico mostrou imagens da Escola de Base Ferrazense, curso técnico da Grande São Paulo, para a enfermeira Maria Therezinha Nóbrega da Silva, professora de enfermagem da escola do estado do Rio de Janeiro. Ela já fez parte da Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn) e é uma especialista na análise de cursos da área. 

No laboratório, há falta de carrinho de medicamentos, maca, boneco de bebê para simulações e até pia. 

“Pelo menos uma pia para habituar as pessoas a lavarem as mãos antes de fazerem os procedimentos deveria existir”, opina Therezinha Nóbrega. 

Em Missão Velha, onde dona Maria Laurentino recebeu glicerina no lugar de soro, um curso técnico particular funciona em uma escola pública só aos fins de semana. No local, não tem laboratório. 

“Não se pode improvisar laboratório para ensinar enfermagem. Isso não existe”, critica Therezinha. 

A matrícula do curso Vera Cristo é feita em uma farmácia. As aulas já começaram há três meses, mas a produtora do Fantástico é aceita sem o menor problema. “Vai estudando em casa. Ela te dá o capitulo que você vai estudar e vai te marcar uma avaliação”, diz a atendente da farmácia. 

O Conselho Estadual de Educação do Ceará garante que o curso de Missão Velha não tem autorização para funcionar. 

“Se está havendo essas aulas, elas estão irregulares. Ela só pode abrir aulas depois de aprovado pelo conselho”, explica Edgar Linhares Lima, presidente do Conselho Estadual de Educação do Ceará. 

Procurada pelo Fantástico, a coordenadora não quis dar entrevista. A Escola de Base Ferrazense, de São Paulo, também não quis se manifestar. As secretarias estaduais de Educação reconhecem que a fiscalização é insuficiente. 

Fantástico: Isso quer dizer que no estado de São Paulo pode haver cursos que estão precários ou até que não poderiam estar funcionando? 
João Cardoso Palma Filho: Pode, pode haver. 

Para melhorar a inspeção dos cursos técnicos, a secretaria paulista pediu ajuda para entidades especializadas. “Uma escola de enfermagem ruim é quase um ato criminoso. Porque isso vai resultar em consequências muito sérias na hora do exercício profissional”, aponta Therezinha. 

Para a mãe de Ana Clara, cada refeição da filha é um suspense. Há dois anos a menina sofre com as sequelas de um erro cometido por uma funcionária do Hospital Santa Catarina, em São Paulo. No lugar de um sedativo, a auxiliar de enfermagem injetou na boca da menina um ácido usado para dissolver verrugas. O líquido queimou a boca, o estômago e ainda provocou o estreitamento do esôfago de Ana Clara. 

“A comida era no liquidificador. Se tinha o arroz com feijão, tínhamos que bater no liquidificador”, conta Márcia Zuccari, mãe de Ana Clara. 

Aos 4 anos, Ana Clara ainda não frequenta escola. 

“A gente tem medo de ela engasgar na hora da alimentação”, diz Alexandre Zuccari, pai da menina. 

Para evitar o fechamento total do esôfago, a cada seis meses Ana Clara tem que tomar anestesia geral e passar por um procedimento de dilatação. 

Por nota, o Hospital Santa Catarina disse que ofereceu toda a assistência para a recuperação de Ana Clara, e que, depois do incidente, revisou processos internos e passou a reavaliar periodicamente o trabalho das equipes de enfermagem. 

Os erros não existem só entre auxiliares e técnicos. Ocorrem entre os profissionais de nível superior. Os números mostram que as faculdades de enfermagem também estão em alta. 

“A procura no passado era muito por dedicação, por gostar. Hoje a procura é muito mais por mercado de trabalho aberto”, comenta Pedro de Jesus Silva, presidente do Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro. 

Em dez anos, o número de cursos oferecidos no Brasil ficou quase cinco vezes maior. 

“Já chegamos a ter conhecimento aqui de faculdades que o aluno, durante toda a sua formação, fez os estágios apenas dentro de laboratórios e nunca foi a uma unidade de saúde para lidar diretamente com o paciente”, revela Manoel Carlos Neri, presidente do Conselho Federal de Enfermagem. 

A cada três anos, o Ministério da Educação realiza um exame para avaliar a qualidade do ensino nas faculdades de enfermagem. Entre 2004 e 2007, a porcentagem de cursos com avaliação abaixo da média subiu de 6% para 47%. 

“O ministério vai tomar ações incisivas e no limite, fechar cursos, fechar vagas e até mesmo fechar instituições”, garante o secretário de Regulação e Supervisão da Educação Superior, Luís Fernando Massonetto. 

No município de João Pinheiro, no noroeste do estado de Minas Gerais, fica uma faculdade particular que, segundo o Ministério da Educação, teve um dos cursos de enfermagem mais mal avaliados do país. 

O último dado disponível é do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) de 2007: o máximo que os alunos do curso conseguiram foi a nota mínima: um – em uma escala que vai de um a cinco. 

Logo no início da visita da reportagem, marcada com antecedência, a responsável pelo ensino de enfermagem se apressou em mostrar um laboratório todo arrumado e equipado, mas, sobre o curso em si, a coordenadora Eliane Batista pouco sabe. 

Fantástico: Quantos professores de enfermagem vocês têm? 
Eliane: Nós temos, aproximadamente, oito enfermeiros, mais professores de outras disciplinas que não são específicas. 
Fantástico: Mas de enfermagem, você falou uns oito. 
Eliane: Um professor, ele às vezes trabalha com duas ou três disciplinas. Tem aquelas disciplinas do curso que são específicas do enfermeiro. 
Fantástico: Então, mas quantos professores tem o curso de enfermagem? 
Eliane: Podemos dizer seis. 

O Fantástico pergunta se virão novas turmas. “Vai ter vestibular no final deste ano para todos os cursos”, avisa Eliane. 

A verdade é que, por ordem judicial, a faculdade está impedida de receber novos alunos. Uma série de irregularidades constatadas pelos fiscais levou o MEC a descredenciar todos os cursos da instituição. 

“A partir do momento que saiu a decisão suspendendo o ingresso dos alunos, a gente não pode colocar aluno”, afirma o diretor jurídico da instituição, Cláudio Giansante. 

Mas não são apenas cursos ruins que podem provocar erros. Tem também a sobrecarga de trabalho. 

No abrigo Cristo Redentor, em São Gonçalo, as fiscais do Conselho Regional do Rio de Janeiro encontram um cenário assustador. Ao todo, são 182 idosos e apenas um enfermeiro no comando de seis auxiliares e técnicos. O recomendado nessa situação seria ter, no mínimo, nove enfermeiros e 18 auxiliares e técnicos. 

“Ali você tem pacientes totalmente dependentes da enfermagem”, aponta Ana Teresa Ferreira de Souza, chefe da fiscalização do Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro. 

O resultado são prontuários dos paciente em branco; geladeira de medicamentos com alimentos vencidos; remédios de uso controlado misturados, sem identificação ou data de validade e em péssimas condições de higiene; e lixo infectante em lugar perigoso. 

O mais preocupante: pacientes com graves lesões infeccionadas. A sobrecarga ocorre também por causa dos baixos salários. 

Lizete Lopes é auxiliar de enfermagem há 17 anos. Trabalha três dias da semana em um hospital, três em outro e ainda faz curso de especialização. “É cansativo. Às vezes, chega até ser exaustivo, dependendo do plantão”, diz. 

Para evitar erros, Lizete se apega aos chamados "cinco certos" da profissão. O paciente certo, o medicamento certo, a prescrição certa, a hora certa, pela via certa. Assim faz também uma legião de profissionais de enfermagem Brasil afora. 

A enfermeira Lilian Behring é a primeira pessoa que muitos pacientes veem quando renascem de uma cirurgia no coração, no CTI. 

“Imagina você com um tubo na boca, fica muito agitado”, diz Lilian. 

Seu José Carlos Inácio acaba de ser transferido para a enfermaria e não esquece a atenção que recebeu. 

“O medo que eu estava era muito grande. Com a força que ela me deu, me senti a pessoa mais importante do mundo para ela”, conta Seu José. 

A chefe da enfermagem de UTI neonatal Inês da Silva fica emocionada ao olhar para os bebezinhos que ajudou a salvar em quase 20 anos de trabalho. “Essa criança nasceu no dia do meu aniversário, deve estar com uns 16 anos”, conta ela. 

“Ontem ela pegou uma cadeira de balanço para mim, para eu ficar ninando meu filho. Foi a segunda vez que botei ele no colo depois de 17 dias”, diz Claudia Lins de Albuquerque, mãe de Antônio. 

Os pais do pequeno Antônio querem ser os próximos a voltar com uma bela foto de agradecimento. “Você se sente acolhido. É uma sensação em que a gente fica muito frágil”, afirma Claudia. 

Procuramos o Hospital Geral de Nova Iguaçu, onde a equipe do Fantástico mostrou, no começo desta reportagem, profissionais de enfermagem trabalhando sem luvas e pacientes recebendo medicamentos sem identificação. 

“Eu acredito que, nesse momento, eles estavam atendendo com urgência os casos. Posteriormente vem o rótulo, porque o atendimento é de emergência”, argumenta Maria Aparecida de Lima, chefe da enfermagem do Hospital Geral de Nova Iguaçu. 

Já Hélio Abicalil, diretor-presidente do Abrigo Cristo Redentor, disse que quer resolver em 30 dias os problemas apontados pela fiscalização. Ele reconheceu que a equipe de enfermagem é pequena, mas que tem limitações financeiras por se tratar de uma entidade filantrópica. 

“Eu não posso, como administrador, aumentar uma folha de pagamento se não terei condição de cumprir”, diz Hélio. 

Nos próximos dias, o Conselho Regional de Enfermagem do Rio vai enviar à Vigilância Sanitária, ao Ministério Público Estadual e às secretarias municipais de Saúde um relatório com as irregularidades encontradas nas duas instituições. 

“Errar na enfermagem não pode. Você pode causar danos irreparáveis à sociedade e não dá para aceitar”, afirma Pedro de Jesus Silva, presidente do Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro. 


segunda-feira, 15 de agosto de 2011

O som do silêncio da Hepatite C


Todos estão convidados a participar do bate papo deste mês com o autor do livro "O som do silêncio da Hepatite C", Dr. Francisco Inácio Bastos, ed. Fiocruz.

Sua participação é gratuita e você pode estender este convite aos seus amigos!


Data: 31/08/11
Horário: das 16h às 17h




Como participar?
Acesse a Sala de Aula no site e em seguida a opção ‘Acesso ao Chat’ no dia e hora marcados.

Seu cadastro e participação são gratuitos!

Maiores informações:
Abordar a hepatite C – grave epidemia contemporânea – não só em seus aspectos biomédicos, mas destacando ainda questões psicológicas, sociais e históricas relativas à doença: este é o objetivo desse livro, escrito pelo médico, com pós-doutorado no exterior, Francisco Inácio Bastos. Também pesquisador titular do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), o autor é experiente no trabalho junto a usuários de drogas e portadores do HIV. Muitos de seus pacientes com Aids, atendidos em instituição voltada à população necessitada, têm falecido em decorrência da dupla infecção pelo HIV e pelo vírus da hepatite C. Testemunha das dificuldades enfrentadas pelos pacientes com hepatite C crônica para conseguirem tratamento, Bastos destaca a necessidade de se melhorar a prevenção e a assistência prestada a quem vive com essa doença.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Uma ambulância para superpesados

Fonte: Sessão Supernovas da revista Superinteressante, agosto/ 2011, editora Abril.

Hospitais dos EUA estão adaptando seus veículos de resgate para transportar pacientes cada vez mais obesos – que chegam a ultrapassar os 400 quilos

Os EUA são um país de gordos: 34% da população é obesa. É uma realidade criticada pelos médicos e odiada pelos paramédicos e socorristas – que podem sofrer contusões sérias, principalmente na coluna, ao erguer pacientes superpesados para coloca-los dentro das ambulâncias. Solução? Veículos adaptados para gente muito grande. Em Boston, o serviço médico acaba de investir o equivalente a R$ 33 mil para adaptar uma ambulância, que ganhou um sistema de resgatar pacientes de até 425 quilos. Ela possui uma maca super reforçada e um elevador hidráulico para suspender o paciente, o que evita que os paramédicos tenham que ergue-lo no braço.

A novidade foi elogiada pelos médicos. Mas o sistema não é perfeito, pois não ajuda os socorristas na hora de transferir o paciente da cama para a maca (isso ainda precisa ser feito a mão). Outro problema é que, para instalar o elevador na ambulância, foi preciso liberar espaço sob o piso dela retirando um dos tanques de gasolina – o que comprometeu a autonomia do veículo. Por isso, a superambulância só é acionada quando chega e informação de que o paciente tem mais de 200 quilos, o que acontece em média uma vez por semana. Nos hospitais da cidade, camas, cadeiras de rodas e corredores também estão sendo alargados. Todo esse esforço não é exclusivo de Boston. O Texas, o Reino Unido, o Canadá e a Austrália também já aderiram e estão adaptando suas ambulâncias para o resgate de obesos.

1) Esteira retrátil
O veículo possui uma esteira retrátil que fica escondida sob o assoalho e só se abre quando acionada pelo motorista na hora do resgate.

2) Elevador hidráulico
Um elevador ergue o paciente a cerca de 80cm do chão – para que ele fique na altura exata da ambulância. O processo leva cerca de 1 minuto.

Recomendamos também a leitura do chat realizado em nosso site em junho sobre a Obesidade como Saúde Pública. Para acessar a transcrição você deve acessar a Sala de Aula. Após se logar, clique na opção Transcrições.


terça-feira, 19 de julho de 2011

Temos um chat hoje!

Envie seus comentários e questionamentos sobre o tema para contato@atualizeja.com.br (caso não possa participar na data e horário). Nós os faremos por você durante o encontro e depois é só acessar a transcrição em nosso site.

Data: 20/07
Horário: das 16h ás 20h
Convidada: Dra. Maria Alice Fernandes Branco

Tema: Conversaremos com uma das autoras do livro Rumo ao Interior: Médicos, Saúde da Família e Mercado de Trabalho, ed. Fiocruz.


Como participar?
Acesse a Sala de Aula no site e em seguida a opção ‘Acesso ao Chat’ no dia e hora marcados.

Seu cadastro e participação são gratuitos!


Quem é a Dra. Maria Alice Fernandes Branco? 
Psicóloga, doutora em Saúde Coletiva pelo Instituto de Medicina Social da Universidade do estado do Rio de Janeiro (IMS/UERJ) e pesquisadora do Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães da Fundação Oswaldo Cruz (CPqAM/ Fiocruz).


A constatação de que faltam médicos no interior já se tornou lugar-comum e não representa nenhuma novidade para qualquer cidadão brasileiro. Todos sabemos que nossos doutores estão concentrados no Sudeste e Sul do país, mais fortemente no eixo Rio-São Paulo.

O que há de novo é o que nos revela este livro de Rômulo Maciel Filho e Alice Fernandes Branco. Ele é fruto de um exaustivo trabalho de pesquisa. Nele descobrimos, por meio da fala dos próprios médicos e da análise de programas governamentais, aspectos do problema que surpreendem e nos são apresentados a partir de discussão que atualiza as mudanças ocorridas no mercado de trabalho com a criação do Sistema Único de Saúde da Família (SUS) e, particularmente, da estratégia Saúde da Família.

Dr. Paulo Marchiori Buss
Médico, Mestre em Saúde Pública pelo Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (IMS/Uerj), Presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Federação Mundial de Associações de Saúde Pública (World Federation of Public Health Associations-WFPHA) 

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Curso Online de Enfermagem Cardiológica foi reformulado

O Curso de Enfermagem Cardiológica foi reformulado para atender 180h de carga horária.
Este curso de 180h é destinado aos enfermeiros e acadêmicos de enfermagem do último ano que trabalham ou desejam trabalhar com serviço de emergência, e que possam deparar-se com situações de emergência cardiovascular e terem de atendê-la.

Carga horária: 180h.

Duração: Ao contrário dos demais cursos a distância disponibilizados na internet, o nosso não possui data e horário de início e fim. Após sua matricula, o acesso é imediato e o conteúdo ficará a sua disposição. O acesso se dará ao seu tempo e disponibilidade!


Apenas 3x de R$ 70,00 : : Início imediato!
Forma de Pagamento:Boleto ou Cartão 


Detalhes/conteúdo:
Trata - se de um material que aborda o atendimento de enfermagem em cardiologia, tendo como objetivo rever conceitos de anatomia e fisiologia cardíaca, vascular e pulmonar, sistema de condução dos impulsos no coração, pequena e grande circulação, revisão sobre sístole, diástole, câmaras e válvulas cardíacas, a sistematização da assistência de enfermagem ao cliente com dor torácica, o entendimento dos fatores de risco cardiovasculares e a formação da doença coronária e o atendimento de enfermagem na parada cardiorrespiratória, onde são demonstrados técnicas de ventilação artificial e massagem cardíaca externa.



Clique aqui e entre na página oficial do curso.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Fique ligado no próximo chat

Data: 20/07 
Horário: das 16h às 17h 
Convidada: Alice Branco
Tema: Livro Rumo ao Interior: médicos, saúde da família e mercado de trabalho

Um dos grandes desafios para a consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS) é a distribuição geográfica dos profissionais e serviços de saúde. Compreender tal desafio e fornecer subsídios para enfrentá-lo são os objetivos dos autores, nesse estudo. A distribuição desigual reflete outro problema: a concentração dos serviços de saúde e das escolas médicas nas regiões economicamente mais favorecidas, facilitando a permanência dos profissionais, depois de formados, no Sul e Sudeste, apesar da expansão dos postos de trabalho no Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Quatro programas de interiorização são analisados: o Projeto Rondon, o Programa de Interiorização das Ações de Saúde e Saneamento (Piass), o Programa de Interiorização do SUS (Pisus) e o Programa de Interiorização do Trabalho em Saúde (Pits). Este último, por ser uma iniciativa inédita do Ministério da Saúde, é avaliado em detalhes em um dos capítulos.

Como participar?
Acesse a Sala de Aula no site e em seguida a opção ‘Acesso ao Chat’ no dia e hora marcados.

Seu cadastro e participação são gratuitos!